
Lá fora os passaros cantam, e me dão dor de cabeça. Aqui dentro a música no último volume me fazem não pensar, no que fui, no que sou e no que quero ser, ou no que irei ser, sei lá.
Acordei hoje com resaca, não sei eu de que, pode ser de copos e mais copos e doses morais de nostalgia e de rancor.
Mas que seja o que tiver que ser, sabe-se lá o que tudo isto que dizer. Nem eu mesmo sei o que eu quero transmitir aqui. Mas é simples e eu nem me importo mais; ou isso é o que eu quero acreditar, o que tento me convencer. Eu minto para mim e para você, vou fazer o que?
Lá fora esses malditos passaros ainda cantam, ah se eu tivesse uma espingarda, talvez gastaria todas as minhas balas matando todos os passaros que sobrevoam minha cabeça, me tira o sono e de traz esse incomodo eterno, de amores mal vividos e batalhas mal vencidas.
E em esta manha de sábado, eu só penso em uma coisa: "as estrelas choraram, suas lágrimas mais pretas esta noite. E aqui estou eu colocando meu coração por cima deste teto, apenas um fantasma para o mundo. Desde lá de cima as luzes da cidade queimavam como mil milhas de fogo. E eu estou aqui para cantar este hino, do dia da nossa morte".
Mas não se preocupe, não sou o forte o bastante para sair correndo, pode continuar, apagando os teus cigarros e jogando as tuas bitucas fumadas e sujas em cima de mim. Não sou valente o suficiente para fugir. Mas não vou falar mais nada, apartir daqui, seja oque tiver que ser. Na verdade, será o que você quer que seja. O meu querer não tem valor o suficiente, me parece.
Eu queria ser forte, uma última vez!